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Comprar um imóvel na planta é uma excelente alternativa para quem deseja economizar, pois, como o bem ainda não foi construído, geralmente é vendido por um preço menor do que se for comprá-lo depois de finalizado.
Apesar disso, existem muitas dúvidas sobre o tema, especialmente no tocante ao financiamento do imóvel na planta e, também, sobre quais cuidados se deve ter com essa aquisição.
Montamos este conteúdo completo com todas as dicas e orientações para uma experiência segura. Confira!
Quais os riscos de comprar um imóvel na planta?
Comprar um imóvel na planta pode significar uma economia entre 20% e 50%, dependendo da valorização do imóvel até a entrega das chaves. Entretanto, é fundamental estar atento aos riscos que essa negociação oferece e saber como evitá-los.
Os mais comuns são:
- Atrasos na obra;
- Não cumprimento do prazo de entrega pela construtora;
- Má qualidade dos acabamentos ou entrega de um imóvel diferente do acordado em contrato;
- Obra parada ou cancelada;
- Risco de falência da construtora.
Para se prevenir contra todos esses problemas, a recomendação é pesquisar uma construtora conhecida e experiente no mercado. Avalie quais obras ela já entregou, se houve reclamação dos clientes, se o empreendimento foi entregue dentro do prazo etc.
Também vale a pena visitar outros imóveis já construídos pela empresa e avaliar, in loco, a qualidade dos revestimentos e dos demais materiais.
Além disso, sempre faça um contrato, independentemente de como será feito o pagamento do imóvel. Nesse documento, especifique as cláusulas e as multas em relação ao atraso da obra e uma possível quebra da construtora, para evitar prejuízos.
Em relação à entrega do imóvel, a dica é verificar o que consta no memorial descritivo, que é o documento onde estarão relacionados todos os itens que devem ser entregues no imóvel, como revestimentos, marca, metragem etc.
Como financiar um imóvel na planta?
Depois de tomar as devidas precauções, você optou pela compra, mas ainda não sabe como financiar o imóvel na planta. Vamos entender.
Essa modalidade é composta por duas etapas: a da pré e a da pós–entrega das chaves. Durante o período de execução da obra – que pode variar dependendo da construtora e do acordado em contrato –, você deverá pagar a entrada e, em alguns casos, a taxa de obra.
Ela é referente aos juros do financiamento e varia mês a mês, conforme o andamento da construção. Quanto mais próximo da entrega, mais cara será a taxa.
Somente após a entrega das chaves é que você começará a pagar as prestações do financiamento.
Entrada
Para financiar um imóvel na planta, poupe uma quantia para dar a entrada. Geralmente, a entrada é em torno de 20% a 30% do valor total a ser pago pelo imóvel.
Você poderá pagá-lo de uma só vez, ou diluí-lo em prestações durante o período da obra. Verifique se a construtora oferece essa alternativa.
Documentação
Antes mesmo de dar a entrada, você passará por uma pré-análise de crédito. Uma vez aprovado, será preciso assinar o Compromisso Particular de Compra e Venda, um documento que faz do comprador o titular dos direitos adquiridos do imóvel.
Assim você terá, por lei, o direito real de exigir a transmissão do imóvel após o pagamento do valor acordado.
Nesse momento, você receberá o Memorial Descritivo do imóvel. Esse documento informará tudo o que o imóvel a ser construído deve ter, como metragem, revestimentos etc., além de indicar o prazo para a entrega da obra e outras informações essenciais sobre o que foi acordado.
Para que o financiamento possa ser realizado, você deverá apresentar uma série de documentos ao banco, como CPF, RG, certidão de casamento ou de nascimento, a última declaração do Imposto de Renda, comprovantes de renda dos últimos 3 meses, o contrato assinado com a construtora e o Memorial Descritivo do imóvel.
Financiamento
Alguns bancos oferecem a modalidade de financiamento de imóveis na planta, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Nesse caso, há duas possibilidades: uma delas é pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH); a outra, pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Também existe a ajuda fornecida por programas governamentais, como é o caso do Casa Verde e Amarela.
No sistema SFH, o limite máximo de avaliação de um imóvel na planta varia de acordo com o Estado. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, ele não pode ultrapassar os R$ 750 mil.
Já pelo SFI há mais flexibilidade, com a possibilidade de financiar até 90% do valor do imóvel (dependendo do banco) e sem limite máximo de valor. O prazo máximo, em ambos, é de 35 anos para a quitação.
Para que esse tipo de financiamento seja concedido, o empreendimento deverá ser avaliado e aprovado pelo banco. Nesses casos, a instituição financeira avaliará a construtora e as características do projeto para se certificar de que está tudo em ordem com a documentação.
Em relação ao comprador, como dissemos, é preciso que ele seja submetido a uma análise de crédito, em que o banco verificará se ele tem ou não contas em atraso, se é um bom pagador e se a sua renda permite financiar a compra, já que as prestações do financiamento não devem ultrapassar 30% dela.
Além do financiamento bancário, algumas construtoras oferecem a possibilidade de financiamento direto, ou seja, sem intermediário bancário. Nessa opção, o financiamento é feito diretamente com a construtora.
Há mais facilidade na obtenção de crédito e na negociação quando se escolhe financiar com a construtora, porém é preciso ficar atento ao funcionamento dessa modalidade de pagamento, especialmente as taxas de juros praticadas, as parcelas intermediárias, os valores no ato da entrega das chaves e os índices de correção.
Dicas importantes
Para fazer um bom financiamento, estas dicas são essenciais:
- Escolha bem a construtora. Prefira empresas sérias, conhecidas e respeitadas;
- Realize diversas simulações. Analise as taxas de juros e as condições dos bancos, checando as linhas de crédito ideais para o seu perfil;
- Saiba quais documentações são exigidas pelo banco e pela construtora, já que podem variar;
- Não comprometa mais do que 30% da sua renda na parcela do financiamento;
- Mantenha o seu nome limpo no mercado;
- Faça um bom planejamento financeiro e prepare-se para os custos adicionais, como documentação, ITBI, matrícula, impostos, reformas etc.
Depois dessas dicas, já sabe como financiar um imóvel na planta? Leia o nosso conteúdo recheado com as orientações mais importantes para calcular o INCC de um apartamento na planta e planeje-se financeiramente para essa aquisição!