Como comprar o primeiro imóvel? - Paulo Mauro

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Comprar o primeiro imóvel é o sonho de muitas pessoas. Se este for o seu também, você sabe como se planejar para isso? O valor alto desse desejo requer bom planejamento e atenção à escolha do imóvel.

Está passando por esse dilema e não sabe como começar a se planejar para comprar o primeiro imóvel? Siga conosco e veja as dicas importantes que separamos!

Planejamento financeiro para comprar o primeiro imóvel

Concretizar o sonho da casa própria exige disciplina para poder juntar o dinheiro. Mesmo quem vai financiar precisará do valor relativo à entrada, além de garantir as condições de pagamento das parcelas mensais sem comprometer o orçamento. Veja algumas dicas.

Defina suas metas

Quais são seus objetivos? Quais sonhos você deseja alcançar? É preciso que essas metas sejam compatíveis com a sua realidade financeira, seja se a sua vontade for comprar um apartamento de 2 quartos, seja se for adquirir uma casa com ampla área de lazer.

Cada compra terá um preço. Se você é jovem e está querendo morar sozinho, comprar um imóvel menor e na planta pode ser mais interessante, já que o valor costuma ser mais acessível.

Depois, pense no prazo que você terá para concretizar esse sonho. Se está planejando a compra para daqui a 2 anos, terá de poupar menos por mês do que se for comprar o primeiro imóvel em 6 meses, por exemplo.

O tempo vai depender do quão disciplinado você é para poupar e não comprometer a sua renda.

Controle seus gastos

Para economizar, você precisará saber muito bem o quanto ganha e gasta por mês. Crie uma planilha e tenha o hábito de anotar todas as entradas e saídas. Separe os seus gastos por categorias. Assim será mais fácil entender quais despesas podem ser reduzidas e/ou cortadas.

Avalie as possibilidades de financiamento

O financiamento imobiliário costuma ser o método mais usual para comprar o primeiro imóvel. Se esse for o seu caso, comece a simular antecipadamente as opções de financiamento para entender o quanto você precisará dar de entrada e quanto as parcelas mensais custarão. Por essa análise, você conseguirá ter uma boa noção se o valor do imóvel desejado é compatível com a sua renda atual.

Lembre-se de que o valor da parcela mensal não pode ser superior a 30% da sua renda. E, para financiar um imóvel, você não pode estar com o nome “sujo”. Quem tem FGTS pode usá-lo para abater no valor da compra.

Compare as opções de financiamento oferecidas pelos diferentes bancos. Dependendo da sua renda e do valor do imóvel, você poderá participar de programas do governo, como o Casa Verde e Amarela. Essa facilidade, entretanto, não se aplica a todos os casos.

Além de comparar a taxa de juros, compare o CET (Custo Efetivo Total) do financiamento, pois alguns bancos podem ter outras taxas mais altas embutidas. Isso pode encarecer seu financiamento, ainda que as taxas de juros sejam menores.

Entenda todos os custos associados

Além de poupar para o valor da entrada e das parcelas, você precisará lembrar que terá outros custos na hora de comprar o primeiro imóvel.

Um dos mais significativos é com a documentação, como ITBI e matrícula, que podem custar em torno de 5% do valor do imóvel e são obrigatórios.

Caso você compre um imóvel “cru”, ou seja, apenas com piso nas áreas molhadas, terá de incluir um valor destinado a reformas, que envolvem colocação de revestimentos, pinturas nas paredes e outros detalhes.

Para quem está montando a primeira casa, ainda é preciso separar uma quantia para mobiliá-la.

Pontos a se considerar sobre a escolha do primeiro imóvel

Além da parte financeira, pesquise imóveis que se enquadrem nas metas estipuladas.

Você poderá comprar tanto um imóvel novo quanto um usado, pois cada um possui suas particularidades e vantagens.

O imóvel novo tem o benefício de ninguém nunca ter morado nele. Logo, menores serão as chances de problemas estruturais e documentais. Além disso, um imóvel usado, muitas vezes, precisará de reformas. Contabilize o valor de todas elas no seu planejamento financeiro.

Se for comprar um imóvel na planta, ele sairá ainda mais barato. É fundamental conferir a reputação da construtora: analise quais obras ela já entregou, a qualidade das construções, se todos os prazos foram cumpridos e se os clientes recomendam o trabalho dela.

Outros detalhes para considerar:

Metragem: pense que a sua vida poderá mudar em alguns anos. Se for financiar, isso significará pelos próximos 30 anos, então um apartamento de “solteiro”, por exemplo, pode não funcionar tão bem nos próximos 5 ou 10 anos, caso pretenda constituir família;
Localização: procure bairros que tenham potencial de valorização, que estejam em expansão e/ou em áreas estabelecidas da sua cidade que facilitem a sua rotina;

Características do bairro: avalie se ele está de acordo com a sua rotina e preferências. Se você é mais caseiro, pode não gostar de morar em um bairro boêmio, por exemplo;
Opções de lazer e infraestrutura do condomínio: piscina, academia e salão de festas dão um belo upgrade em qualidade de vida;
Custos com as taxas condominiais: em alguns condomínios você não pagará taxa de água e gás, porque pode estar incluída no valor mensal do condomínio;
Documentação: no caso de compra de imóveis usados, evite adquirir algum que possa lhe trazer dor de cabeça.